Presidente Gil diz para o Secretário de Relações de Trabalho do MTE Marcos Perioto que empresas de apps precisam ser enquadradas
O presidente do SindimotoSP e do Conselho Nacional de Motofretistas, Motoentregadores, Motoboys e Entregadores Ciclistas profissionais do Brasil, Gilberto Almeida dos Santos, o Gil, explicou para o Secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego -MTE, Marcos Perioto, em reunião na UGT dia 24 de março, que as empresas de aplicativos devem ser enquadradas nas leis que regulamentam o setor, porque mesmo seu CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) sendo de empresas de tecnologia, o que realizam é pura intermediação de transportes de mercadorias e pessoas.
De fato, o que essas empresas não querem é cumprir as Leis Federais 12.009 (sancionada pelo presidente Lula no 1º mandato), a 12.997 e 12.436 (sancionadas pela presidenta Dilma) e fugirem de toda e qualquer responsabilidade social com os trabalhadores.
Para Gil, o campo de atuação dos motoboys é a rua, além de toda situação de perigo gerada da retirada a entrega e, são eles que ficam com todos os custos.
De uma ponta a outra no exercício da profissão, o trabalhador está sozinho, fica com os prejuízos e até com a própria vida em algumas vezes, enquanto empresas de aplicativos ficam
milionárias.
“É só olhar os dados estatísticos para ver o número de acidentados, de profissionais que ficaram com sequelas e principalmente os que vieram a óbito por conta da precarização que
essas empresas promovem. Isso não pode continuar, por isso queremos trabalhar junto com o governo federal para enquadrar as empresas e se fazer justiça”, ressalta Gil.
O secretário entendeu a situação e, como o Ministro do Trabalho e Emprego Luiz Marinho, afirmou que não medirá esforços para uma solução. Nova reunião será marcada em breve.
Abaixo mais imagens e o vídeo – em que o presidente Gil relata a precarização para o secretário Marcos – da reunião ocorrida na sede da UGT, em SP, com vários representantes sindicais de outras categorias, além dos motofretistas.