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São Paulo, 15 de julho de 2020

SindimotoSP realiza 2ª manifestação contra empresas de Apps

 
O sindicato dos motoboys de SP liderou pela segunda vez consecutiva em menos de um mês, manifestação pacífica contra a precarização das relações trabalhistas e o dumping social promovido pelas empresas de aplicativos em São Paulo. Cerca de 1.500 motociclistas saíram da sede do SindimotoSP em direção ao TRT 2ª Região para uma audiência de conciliação online com as empresas de aplicativos e intermediação do Ministério Público do Trabalho. Essa audiência foi vitória dos motoboys e SindimotoSP por conta da mega paralisação de 1º de julho.

No caminho, os trabalhadores pararam em frente da Câmara de Vereadores de São Paulo para entregar ofício com reivindicações de âmbito municipal e pedir uma audiência com os vereadores, o que foi atendido de imediato pelo presidente do legislativo municipal Vereador Eduardo Tuma, que subiu no caminhão de som e afirmou estar sensibilizado com os problemas enfrentados pela categoria. Os vereadores Adilson Amadeu e André Santos também marcaram presença no ato, disseram estar preocupados com as dificuldades que os motoboys enfrentam no exercício da profissão e se mobilizarão para que seja discutido na Câmara o PL 578.

Uma reunião foi agendada para falar de dois projetos que estão tramitando na Câmara. O apoiado pelo sindicato é o PL 578, que atende exigências das Leis Federais 12.009, 12.997 e 12.436, além da Lei Municipal 14.491. Além disso, o PL vem de encontro as necessidades dos motoboys para exercer à profissão com melhor qualidade de vida, além de responsabilizar diretamente as empresas de apps, que hoje não tem responsabilidade social com os trabalhadores cadastrados em suas plataformas.

Da Câmara, os motoboys e bikers foram até o TRT onde aguardaram à audiência, que começou por volta das 16hs, com a presença do Ministério Público do Trabalho, representantes do SindimotoSP e as empresas de aplicativos Loggi, Ifood, Uber Eats, Rappi e LalaMove. Porém, por conta de uma falha no sistema de transmissão do TRT, a audiência foi adiada, já que nem todos participantes falaram.

O SindimotoSP entende que somente no poder judiciário é que serão atendidas as demandas dos entregadores, que pedem aumento no valor da corrida, diminuição no tempo de espera nos restaurantes, seguro de vida e contra roubos, entrega de EPIs – kits de higienização e licença remunerada para trabalhadores que contraírem o coronavírus.

A UGT apoiou o movimento dos motoboys e bikers e teve na fala de Ricardo Patah, presidente da instituição, um dos pontos altos do evento, o companheiro Josimar, também da UGT, estava no ato. Também participaram Chiquinho Pereira (Sindicato dos Padeiros), Reinaldo Carias (Sindicato dos Rodoviários de SP), Felix de Barros (diretor da Federação dos Trabalhadores de Transportes do estado de SP e secretário de Transportes da Força Sindical), entre outros.

O SindimotoSP avisará assim que a nova audiência for remarcada.


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