Conheça algumas das propostas de Jair Bolsonaro e de Fernando Haddad sobre alguns dos temas mais polêmicos que tem causado discussões infindáveis nas redes sociais e whattsapp. Esse texto não defende um ou outro, mas apresenta os planos que os candidatos têm para o Brasil, para quem for eleito. O plano de governo completo você pode acessar nos sites oficiais do candidato.
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ANTES da votação do segundo turno, voltaremos a falar sobre o assunto. Abaixo você lê os assuntos que tem causado mais polêmica nas redes sociais. |
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É importante frisar nesse momento, de aparente divisão, que todos os eleitores reflitam sobre a importância do voto e decidam só depois de pesquisarem o histórico dos concorrentes ao cargo mais importante do país, e que estará à frente das decisões que mudarão à vida de quem vive no Brasil. Esse texto é um convite à reflexão para juntos buscarmos o que é melhor para todos.
JAIR BOLSONARO, 63 anos – Partido Social Liberal (PSL) – Slogan: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".
Economia: Reduzir a dívida pública em 20% mediante privatizações, concessões e venda de propriedades da União. Criar um sistema paralelo de aposentadoria por capitalização; os brasileiros poderão optar entre o sistema novo e o antigo. Diminuir quantidade dos ministérios criando um superministério de Economia com as atuais pastas de Fazenda, Planejamento, e de Indústria e Comércio Exterior. Melhorar a carga tributária brasileira fazendo com que os que pagam muito paguem menos e os que sonegam e burlam, paguem mais. Bolsonaro indicou que o ministro será Paulo Guedes.
Segurança: Flexibilizar a legislação sobre o porte de armas. As armas são instrumentos, objetos inertes, que podem ser usadas para matar ou salvar vidas. Isso depende de quem as maneja, diz o candidato. Reduzir a maioridade penal para 16 anos. Os policiais precisam ter certeza que, no exercício de sua atividade profissional, serão protegidos por uma retaguarda jurídica, planeja o candidato. Tipificar como terrorismo as invasões de propriedades rurais e urbanas. Redirecionamento da política de direitos humanos, priorizando a defesa das vítimas da violência.
Corrupção: Propõe um governo decente, diferente de tudo aquilo que jogou o país em uma crise ética, moral e fiscal, afirma o candidato.
LGBTI: Não há nenhuma menção no programa de Bolsonaro aos direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgênero, e Intersexuais. Várias de suas declarações foram abertamente homofóbicas. Na campanha tentou se mostrar mais amigável. Em uma entrevista concedida a uma rádio de Pernambuco disse respeitar as opções de adultos e declarou: Os homossexuais serão felizes se eu for presidente.
Política Internacional: Deixará de apoiar ditaduras assassinas e apoiará democracias importantes como EUA, Israel e Itália. Além de aprofundar integração com todos os latinos-americanos que estejam livres de ditaduras, redirecionará parcerias na América Latina. O programa de Bolsonaro não menciona o Mercosul em nenhum momento. Propõe, ao contrário, dar ênfase nas relações e acordos bilaterais.
Educação sexual: Conteúdo e método de ensino precisam ser mudados. Mais matemática, ciências e português, sem doutrinação e sexualização precoce.
Aborto: O programa de Bolsonaro não menciona o aborto, que, no país, é autorizado em caso de risco para a vida da mãe ou de fetos com anencefalia. O candidato prometeu vetar qualquer tentativa de flexibilização desta lei. Como deputado, Bolsonaro promoveu iniciativas de controle da natalidade, como, por exemplo, o reembolso pelo sistema público de saúde das vasectomias e ligaduras de trompas a partir dos 21 anos.
FERNANDO HADDAD, 55 anos - Partido dos Trabalhadores (PT) - Slogan: "O povo feliz de novo". Haddad foi nomeado candidato do PT após a impugnação judicial do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, preso por corrupção.
Economia: Revogar o congelamento do gasto público e a flexibilização da legislação trabalhista, aprovadas pelo governo de Michel Temer. Interromper as privatizações e voltar a impor a participação da Petrobras em projetos petroleiros nas águas profundas do pré-sal. Equilibrar as contas do sistema da previdência a partir do retorno do emprego e de medidas como o combate à sonegação fiscal. Não indicou quem ocuparia os ministérios da Fazenda (secretaria), Planejamento, e de Indústria e Comércio Exterior. Também não especificou se reduziria os ministérios.
Segurança: A política atual de repressão das drogas é errônea, injusta e ineficaz, diz Haddad. "O Brasil tem que examinar as experiências internacionais (...) de descriminalização e regulação do comércio" de entorpecentes, fala. A política de controle de armas e munições deve ser aprimorada, reforçando o rastreamento do armamento. Integrar os serviços de Inteligência.
Corrupção: Garantir cada vez maior transparência e prevenção à corrupção. No entanto, a pauta do combate à corrupção não pode servir à criminalização da política, fala sobre o tema.
LGBTI: O programa de Haddad tem um capítulo intitulado Promover a cidadania LGBT, que propõe a criminalização da LGBTIfobia e promete criar iniciativas de inserção educativa e trabalhista a pessoas travestis e transexuais em situação de vulnerabilidade.
Política Internacional: O Brasil deve retomar e aprofundar a política externa de integração latino-americana e a cooperação sul-sul (especialmente com a África), de modo a apoiar, ao mesmo tempo, o multilateralismo, a busca de soluções pelo diálogo e o repúdio à intervenção e a soluções de força".
Educação sexual: Fundado no princípio constitucional da laicidade do Estado, promoverá a saúde integral da mulher para o pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos e fortalecerá uma perspectiva inclusiva, não-sexista, não-racista e sem discriminação e violência contra LGBTI+ na educação e demais políticas públicas.
Aborto: O programa do PT tampouco faz referência ao aborto. Em 2012, Haddad se disse pessoalmente contra a sua legalização, mas falou em estabelecer políticas públicas oferecendo às mulheres condições de planejar suas vidas. A companheira de chapa de Haddad, Manuela D'Ávila, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), é a favor da descriminalização.
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