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São Paulo, 18 de novembro, de 2016
SindimotoSP e motofretistas da Loggi obtém vitória com paralisação

Em manifestação histórica, sindicato e trabalhadores reverteram imposição da empresa com dois dias consecutivos de braços cruzados e recusa em entregar as encomendas.
Gil encerra o ato com os trabalhadores e diz que a luta continua com as reuniões
que acontecerão semana que vem.

Descontentes com as decisões da Loggi em relação ao repasse nos valores da entrega, todos os motociclistas profissionais contratados cruzaram os braços e disseram não para a empresa que domina o mercado de aplicativo no setor em São Paulo. Um dos principais motivos da paralisação total foram cortes sistemáticos no valor pago pelo serviço de entregas da empresa Loggi. Outros como falta de lugar de descanso, direitos trabalhistas etc também foram reivindicados.

Por dois dias consecutivos, o SindimotoSP esteve junto com os companheiros em todos os sentidos, mostrando força e união. No primeiro dia de manifestação (16/11) pelas ruas da cidade, houve pico de 3 mil motociclistas, chegando a 5 mil no segundo dia (17/11) em que o SindimotoSP conseguiu dois fatos extraordinários que contribuíram para a empresa retroceder e ouvir os trabalhadores.

O primeiro fato foi uma reunião com o Ministério Público do Trabalho em que participaram todos os Procuradores que estavam no prédio do Ministério. Ali, formalizou-se uma ata com todas as reivindicações dos trabalhadores. No documento que formalizou a queixa, está a assinatura de todos os participantes. Os Procuradores também instauraram um procedimento de mediação em que a Loggi será convocada para dar explicações no próximo dia 23/11.

O segundo fato histórico também para a categoria, no mesmo dia, foi uma reunião com o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo, Eduardo Anastasi, que ouviu os trabalhadores e o SindimotoSP. Uma reunião com os motociclistas, o SindimotoSP e a Loggi está marcada para 21/11. O superintendente disse que convocará outros órgãos públicos para averiguar se a Loggi cumpre todas as exigências legais para atuar no setor.

O ATO PACÍFICO

Com saída do galpão da Loggi, na Rua Major Paladino, 128, os trabalhadores foram até o Ministério Público do Trabalho (Rua Cubatão) e a Delegacia Regional do Trabalho (Rua Martins Fontes), passando pela Marginal Tietê, Avenida Rebouças e Paulista. A categoria denuncia que a empresa impõe regime de escravidão aos motociclistas, duras penalidades para eventuais falhas, entre outros abusos.

PRESSÃO TOTAL

Nos dias 16 e 17/11, na frente da Loggi, na Vila Leopoldina, os motociclistas tentaram negociar a manutenção do valor atual da entrega, além de outros direitos como aluguel da moto, periculosidade, cesta básica, VR etc. Os diretores da empresa não ouviram as reivindicações e chamaram a polícia militar, tentando intimidar os trabalhadores. O SindimotoSP atuou firmemente, não se intimidou e obteve, junto com os trabalhadores, a volta do valor repassado ao motociclista, desbloqueio de alguns que estavam bloqueados.


Na reunião ocorrida na Delegacia Regional do Trabalho - Ministério do Trabalho, o SindimotoSP e os motociclistas denunciaram as irregularidades da Loggi e pedem intervenção do governo federal e soluções.

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